Quantas vidas cabem dentro de uma existência? Quantos personagens podemos vestir antes de esquecermos quem somos?
Ele foi um homem admirado, poderoso, venerado, mas também profundamente dividido entre o palco da vida pública e os bastidores da alma. Criou um mito em torno de si mesmo e se perdeu no brilho da própria encenação. Agora, na espiritualidade, começa sua jornada mais difícil: despir-se da persona e reencontrar sua essência.
Em um enredo que transita entre a Polônia ocupada pelos nazistas, os bastidores da Igreja, os jogos da Guerra Fria e a esfera espiritual, ele revisita escolhas marcadas pelo medo, pelo desejo de poder e pela fuga de si mesmo, enquanto é conduzido à dolorosa verdade: quantas oportunidades foram deixadas para depois em nome das “facilidades”?
À medida que acompanhamos a trajetória desse personagem que reuniu multidões em vida, vemos um espelho se formar à nossa frente nos convidando a refletir sobre o quanto ainda estamos longe de nosso verdadeiro lugar.
Um romance instigante, corajoso e atual, que nos faz questionar: em que momento perdemos o caminho e quando decidiremos reencontrá-lo?
Onélia Aparecida Cândido dos Santos Santos –